terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Moderno Contido em Margens de Finais

   

          
                                                Aos poucos e prazeres funestos. Pedras rolando para cima. O clima nunca mais vai ser ameno.  A menos, é claro, que todos nos deliciemos desse delírio impúdico: o poeta e seu vício... à mão.
 

Querer.
Como?
Ser um anjo guiando as mãos de um profeta?
De conduzir, meus olhos quase não vislumbram o que agrada, um farol.
A não ser que "minhas considerações" atuais surpreendam, como surpreso estou...
Esses vícios de mãos e olhos dos poetas serão o ópio ou o vinho que Charles Baudelaire tragará dessas gerações?
A catarse (poética) era o amor, o belo e a busca antes na filosofia de Platão: o ideal; (...) à mão e vendo as tuas, reconheço nesse mar revolto, não com margens de finais, mas de reencontro com o teu coração.
Lá onde chove e se semeia.
Espero andar e ver contigo esse nascimento...

Posfácio

Canta comigo canções de cais, de mar; logo vou ancorar em teu porto.
Que rouco tentarei expressar o porquê de minha demora.
Que quando a chuva da saudade caía as Ilhas de kalyptō encobriam minha vista já tão cansada.
"Nunca mais" é uma veste escura que não queremos. Contrasta com aquela forma clara por mim tão desejada.

10 comentários:

  1. Então e porque não? :D
    Criatividade, isso lembrou-me de umas coisas que eu quero muito muito por em prática!

    Adorei este espaço, a cor, azul profundo *-*
    Muito obrigada pelas doces palavras, um beijinho *

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  2. «Canta comigo canções de cais, de mar; logo vou ancorar em teu porto.» Um pedido, um desejo, uma necessidade? Um sonho e um amor.
    Nunca mais é uma expressão forte que queremos que desapareça na linha do horizonte. Belas palavras. Não há comentário que se iguale.
    Um abraço.

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  3. é verdade, não podia concordar mais...

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  4. Num leito de folhas secas e sonhos secos e pele fria, gesta o tempo uma promessa sem santo e promesseiro. Condenada, então, está a esperança, tendo que nutrir o fio da vida - moribunda. Qualquer coisa não é viver, qualquer um não é minha metade pássaro, qualquer porto não és tu, meu senhor.

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  5. Respostas
    1. Mais de dez anos se passaram e do nada hoje vem em minha mente como se fosse ontem, as palavras ditas pela voz de quem escreveu este texto.

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  6. Saudações, Sr. Borges
    há algo de muito especial nos anjos :) são criaturas fascinantes
    a margem divide às vezes estruturas distintas e além do limite pode haver algo e o saberemos se houver a transposição, experimentando, ousando

    bestiário marcante que levarei para por onde vão meus olhos

    um abraço

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  7. ¨Nunca¨ palavra não existente na vida de um poeta ou na vida de qualquer um.

    No Nunca não há esperança
    O amor se perde
    As pessoas se confundem
    Em mundos aleatórios...

    E São Paulo, é exatamente o que diz no meu poema. Gosto do que escreve!

    E agradeço sua presença e quando eu regressar a Portugal, o torno a encontrar.

    Mais coisas e muitas mais, têm de ser contadas.

    Um abraço e o deixo como sua seguidora.

    Maria Luísa

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