quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lamentos de Capitão Greenfell



Sou eu a noite mais remota
Sou eu o peso sem medida
Sou o cândido largo de um bote
Me desprezo ante dor despercebida

Mas não vou orgulhar-me, ó mãe
Se assim tu me queres “Província”
E aqui te sufoco com a mão
De quem teve razão ínfima

No olhar não se vê o teu porto
A beirar toda rota perdida
O que tem esse homem sem corpo

Que da alma privou-se a vida?
E do vento perdeu-se o sopro
Há quem diga que vive escondida.

9 comentários:

  1. Não tão escondida que não possa ser encontrada.
    Gostei, gostei muito. Beijos

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  2. Perfeito **
    Faço das palavras de "20 de Novembro", as minhas : Não tão escondida que não possa ser encontrada. (:

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  3. é verdade :) gostei muito do poema!

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  4. São ares reconfortantes esses que as palavras de vocês sopram para içar as velas desta embarcação a deriva.
    Um cheiro de cravo para este cabano...

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  5. mas não há, meu bravo cabano, ares ou mares quando falta forças ao navegador para aportar. Força e Luz. Não nos deixe ficar sem sua poesia...

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  6. A primavera no meu peito em desalinho, que não cultiva nada e que também nunca vê o verão chegar, é cativa das águas do mediterrâneo.

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  7. o inverno em minha alma, que preserva eterna a beleza da tristeza, não deseja o verão, é cativa das ondas do mediterrâneo que desfazem seus corpos contra o meu.

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  8. quem dera mais mar nestas veredas, alma minha gentil porque partiste,



    abraço

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