segunda-feira, 19 de junho de 2017

fênix


O amanhã chega espiritual, estranho 
Não sei como essas palavras coabitam 
Minha alma mal se surpreendeu com a insônia 
Madrugada longa, finge fenecer no arrebol 
A luz que lambe minhas pálpebras 
Pesadas e torturantes vigias 
Salivo, me alimento dos instantâneos 
Um preparo quente 
Longe Campbell's Soup Cans 
Desce e engorda o dia 
Como os auto-falantes da rua 
Que avolumam o comércio entre os automóveis 
Como a insônia abafando os ruídos, as réstias do dia 
Contraditório 
Andy beirando a Hokusai 
O sono queima minhas retinas, minhas iris 
Durmo em tardio renascimento 
Vocês andam, trabalham e eu fecho os olhos 
Para sonhar com o novo...