Ela é tão vertical como a árvore naquele bosque
Deslizando os dedos sobre linhas feitas de nylon
Seu diário virtual são matizes de Lorde Byron
Flores albas desafiando Hegel em suaves toques
Da varanda vê- se um prédio, que embora triste
Viraria gentes a recortar o céu que é sua alma
Em versos, lados da rua, como a mão, a palma
A mesma que tomara o violão e tocara o uísque
O olhar nunca se perde, sempre fita curioso algo
Paisagens, alimento interior ou fímbrias do belo
Na camada afetiva da mente as pedras criam elo
São a mesma sépia nos olhos que as tornaram alvo
A pele nua que veste cada parte vital do seu corpo
Contrasta o veste escuro com aquela forma clara
Transborda o desejo intenso de uma escritora rara
Como uma chuva em véus desnudando os morros
Quando escrever para os outros em poesia e prosa
Torna-se o fardo árduo de quem precisa ser ativa
Se ouve a dor do mundo ecoar do peito da artista
Cujos lábios ensaiam as mais sedutoras respostas
...
Leila morrerá de amor, de amor por ser honrosa.
Belo poema! Parabéns!
ResponderExcluirO destino de todas as Leilas talvez seja morrer de amor (e de todas as Marias, Joanas, Marianas...). Às vezes se morre para poder ressurgir mais alta, mais forte e mais graúda, como um coqueiro na praia deserta. (Retorno de Mim) Coqueiros regados de mar - de infinito, de mergulho, de mistério intocável...
Beijos.
Sua percepção me assombra! Inquieto, és um empinador de letras. Poeta!
ResponderExcluirVisão de sépia é um luxo!
ResponderExcluir=)
Um beijo.