Bestiário
Depois de ter permanecido assim por um momento, duas emoções despertaram subitamente em mim: medo e desejo; medo da caverna sombria e ameaçadora, e desejo de ver se ela continha alguma coisa miraculosa. [Leonardo Da Vince, Manuscrito. Bestiário ou Códice Arundel. Museu Britânico].
Desenhos, esboços e estudos
sábado, 19 de outubro de 2019
domingo, 6 de outubro de 2019
segunda-feira, 19 de junho de 2017
fênix
O amanhã chega espiritual, estranho
Não sei como essas palavras coabitam
Minha alma mal se surpreendeu com a insônia
Madrugada longa, finge fenecer no arrebol
A luz que lambe minhas pálpebras
Pesadas e torturantes vigias
Salivo, me alimento dos instantâneos
Um preparo quente
Longe Campbell's Soup Cans
Desce e engorda o dia
Como os auto-falantes da rua
Que avolumam o comércio entre os automóveis
Como a insônia abafando os ruídos, as réstias do dia
Contraditório
Andy beirando a Hokusai
O sono queima minhas retinas, minhas iris
Durmo em tardio renascimento
Vocês andam, trabalham e eu fecho os olhos
Para sonhar com o novo...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
O Segredo de Quem
no meu intimo
eu e minha face adormecida
sonhamos universos paralelos
amores roubados
de corações famintos
...
ainda que o desejo exista
e almeje a forma
lapidar a jóia é necessário
idealizar a coisa amada
criar estilo
visualizar de fora
como se de frente ao espelho
enquanto as pessoas circulam
conjeturam
viciam-se com as rotinas
sem notarem a existência
ali dentro
a beleza que ninguém vê
de um espírito livre
da espera paciente
de se revelar o que habita aquela pedra.
e almeje a forma
lapidar a jóia é necessário
idealizar a coisa amada
criar estilo
visualizar de fora
como se de frente ao espelho
enquanto as pessoas circulam
conjeturam
viciam-se com as rotinas
sem notarem a existência
ali dentro
a beleza que ninguém vê
de um espírito livre
da espera paciente
de se revelar o que habita aquela pedra.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Diana ou Ártemis
Perdoe os olhos desse caçador
Não quis ter a deusa como presa
Não ameaçaria arrancar-lhe dor
Fosse eu talvez a merecê-la
Como se lhe fizesse um favor
O destino me atirou na mesma
Que distraída visão nessa flor
Tornou-me pessoa prisioneira
De Áries, mensageiro do amor
De algum servo sentir o sabor
Como outras talvez não queira
Ver em meu peito a flecha meiga
Que desarma a alma do autor
E aos lobos a entrega por inteira.
Não quis ter a deusa como presa
Não ameaçaria arrancar-lhe dor
Fosse eu talvez a merecê-la
Como se lhe fizesse um favor
O destino me atirou na mesma
Que distraída visão nessa flor
Tornou-me pessoa prisioneira
De Áries, mensageiro do amor
De algum servo sentir o sabor
Como outras talvez não queira
Ver em meu peito a flecha meiga
Que desarma a alma do autor
E aos lobos a entrega por inteira.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
A Felicidade
A felicidade
não mora em tua casa,
nem ao lado
talvez seja uma parte que sempre te falte
ou venha dentro de um frasco
com gota-a-gotas
não dura muito
é a metade cheia de um copo,
a outra vazia é tua dor.
terça-feira, 26 de março de 2013
Aforismo Algoritmo
Como se o poeta,
arqueólogo de si
(um filólogo nietzschiano),
tivesse o dever moral
de desmitificar o seu passado arqueólogo de si
(um filólogo nietzschiano),
tivesse o dever moral
pelas fímbrias das palavras,
as coisas no mundo,
como se apresentam a nós.
Assinar:
Postagens (Atom)