Entre pessoas incomodadas com sua guisa
Da pessoa maculada e de melancolia rasa
Surge uma figura de bela esperança viva
Qual ciência estava além de sua perspectiva
O olhar piramidal do anjo a que nada escapa
Inquiria o magano por que sua antiga vida
Passava a sua frente sem deixar-lhe nada
Absorto ficou ao ver olhos tão destemidos
Longe de delatar-se um homem sem pudor
Na lente de sua face ardiam os cristalinos
Pela luz augural de profecia e de amor
Por um instante perdia a alma de felino
Noutro desejava voltar ao seu vil lavor
Tal o dom celestial daquela doce criança
Que em si todo o encanto provocava temor
No seu caminho desenhou uma nova aliança.