Perdoe os olhos desse caçador
Não quis ter a deusa como presa
Não ameaçaria arrancar-lhe dor
Fosse eu talvez a merecê-la
Como se lhe fizesse um favor
O destino me atirou na mesma
Que distraída visão nessa flor
Tornou-me pessoa prisioneira
De Áries, mensageiro do amor
De algum servo sentir o sabor
Como outras talvez não queira
Ver em meu peito a flecha meiga
Que desarma a alma do autor
E aos lobos a entrega por inteira.