quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dor, Lágrimas, Solidões e Outros Monstros






Lampejo Noturno

a criação não escolhe hora
são monstros da modernidade
nos desafiam e nos mordem
dentes afiados de insonia
são olhos de frankfurtianos
um Benjamin a rasgar sonhos
de açoitar  Habermas e Adornos
com a navalha da crítica
fita o presente sobre escombros
que o passado nos empresta!

Flores e Melancolia

sem par sobre o chão frio
da saudade a arrebatar tons
no compasso da solidão
dançam as flores para um novo outubro...

Jogo Mítico

percebo daqui,
como na arte
o jogo se instaura
e ganha forma mítica.
...
um Joseph Beuys a explicar Arte para uma lebre morta.

Três Momentos

lê-lo
o vejo
o poema
frente ao espelho
me olha de volta!

Filosofando Quintas

seus suores e suas lágrimas
petrificadas pelo pensamento
e as dádivas de quem dará...!

Ser para Nada

o ser-poeta se entorpece, mesmo
bebe da palavra
do vazio
do silêncio
e o encanto em sua alma desprende-se
ecoa na confusão dos sentidos
onde cheiro é tátil
som é miragem
verbo é tudo
e nada...

Véla-me

pósto-me frente essa ária de veneno
como quem fita o ocultar dos medos
e o revelar-se traumas criptografados


.

Um comentário: