Ela é tão vertical como a árvore naquele bosque
Deslizando os dedos sobre linhas feitas de nylon
Seu diário virtual são matizes de Lorde Byron
Flores albas desafiando Hegel em suaves toques
Da varanda vê- se um prédio, que embora triste
Viraria gentes a recortar o céu que é sua alma
Em versos, lados da rua, como a mão, a palma
A mesma que tomara o violão e tocara o uísque
O olhar nunca se perde, sempre fita curioso algo
Paisagens, alimento interior ou fímbrias do belo
Na camada afetiva da mente as pedras criam elo
São a mesma sépia nos olhos que as tornaram alvo
A pele nua que veste cada parte vital do seu corpo
Contrasta o veste escuro com aquela forma clara
Transborda o desejo intenso de uma escritora rara
Como uma chuva em véus desnudando os morros
Quando escrever para os outros em poesia e prosa
Torna-se o fardo árduo de quem precisa ser ativa
Se ouve a dor do mundo ecoar do peito da artista
Cujos lábios ensaiam as mais sedutoras respostas
...
Leila morrerá de amor, de amor por ser honrosa.